25/08/2014

Tripulações treinam manobras evasivas e uso de sistemas de autodefesa


Um teatro de operações simulado foi montado na fase avançada do exercício operacional Transportex 2014 para treinar manobras evasivas e o sistema de autodefesa das aeronaves de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante a segunda semana de voos, as tripulações das aeronaves C-105 Amazonas e C-130 Hércules cumpriram missões em ambiente hostil com a presença de ameaças como caças e defesa antiaérea. 

C-105 em manobra evasiva  Sgt Batista / Agência Força AéreaNa saída e chegada da Base Aérea, a tripulação realiza decolagens e aproximações táticas, com voos a baixa altura, para não ser detectada por radares e ser atingida por armamentos terra-ar. Ao atravessar a linha  que divide o território amigo e inimigo, as aeronaves de transporte ficam suscetíveis as ameaças.  

No teatro de operações, foram treinadas manobras evasivas que dificultam o ataque dos caças e dão uma margem de
 tempo maior para que os C-105 e C-130 deixem a área de combate sem ser atingidos. A partir daí, são realizadas contramedidas com a utilização flare para despistar mísseis e chaff para confundir o radar inimigo.
Os dispositivos de autodefesa RWR (Radar Warning Receiver) e MAWS (Missile Approach Warning System) das aeronaves de transporte também alertam o piloto da chegada de sinais inimigos. A tecnologia embarcada na aeronave radar E-99, do esquadrão Guardião, permite o fornecimento de informações de controle e alarme em voo tanto para a tripulação de transporte quanto para a tripulação inimiga, como se cada uma tivesse uma aeronave desse tipo a seu favor na simulação.

“A tecnologia evolui a cada dia para aumentar as chances de sobrevida da aviação de  transporte nos ambientes hostis. Nesse exercício operacional, temos a oportunidade de testar nossas capacidades e tirar o máximo de proveito das táticas que tornam esse tipo de aviação mais participativa no cenário da guerra moderna. Aqui revemos os erros e acertos para aperfeiçoar as tripulações”, afirma o especialista e cordenador em guerra eletrônica, Capitão Bruno Américo Pereira.

Operando em solo, o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2° GDAAE) participou do exercício com o radar Saber M60 e com uma unidade de tiro dentro da área de combate, com simuladores do míssil Igla. “As táticas usadas na Transportex estão sendo muito bem executadas. Isso também traz aperfeiçoamento para o GDAAE”, explica o Major Fábio Alexandre Freixo, do 2° GDAAE.

Para o piloto de F-5M do Primeiro Grupo de Caça, Tenente Maicon Magnos da Silva Oliveira, o exercício contribui não só para a aviação de transporte. “Nesse contexto empregamos técnicas que normalmente são empregadas com outras aeronaves de caça, então o ganho é grande tanto para transporte quanto para a caça”.
Fonte: Força Aérea  Brasileira

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